domingo, 28 de março de 2010
Àquele anjo
Irei sentir saudades
Saudades daquela sala
Daquela sala que tinha um anjo
Um anjo dentro daquela sala
Daquela sala um saía, outro entrava
Entrava quem tinha horário marcado
Marcado horário eu tinha e aguardava
Aguardava enquanto com todos o anjo conversava
O anjo conversava comigo sempre
Comigo sempre confuso
Confuso tanto que o confundia
Confundia tanto que saía confuso
Saía confuso e marcava de novo
Marcava de novo um horário
Horário que ali voltaria
Voltaria para falar com o anjo
Com o anjo eu conversava e ria
E ria, e ria
Ria da minha vida que virava piada
Piada até o anjo contava
Contava também coisas de sua vida
Sua vida que era normal
Normal, sem fantasias, comparada à minha
A minha que nem eu e nem o anjo entendia
O anjo entendia de psicologia
Psicologia que no meu caso não servia
Não servia também sua filosofia
Filosofia essa que eu não entendia
Não entendia ali o que buscava
O que buscava? Procurava o quê?
O que pensava? Desejava o quê?
O que será que eu queria?
Eu queria apenas conversar com o anjo
Com o anjo que ali estava
Estava ali dentro daquela sala
Daquela sala que irei sentir saudades
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário